Cada
dia uma aventura, um infinito
O
gosto de falar sozinho
De costas
ao espelho que não existe
O
infortúnio, a dor
A
desigualdade das mãos
Resvalando
em outras mãos
Que
invento
Cada
dia um sopro, um susto
Uma
gargalhada que ecoa
Na memória
do amor
E o
não dito
O
guardado
Fica
como uma espera sem tempo
uma
casa desabitada
com a
memória dos passos
a
marcar o chão
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