A voz que não me pertence pergunta se somos
nós ou são outros aqueles que estão adiante, muito parecidos comigo, talvez
iguais, pois chegamos aqui há três dias, eu e a voz, ou já perdi a conta como
perdi parte da memória e não sei se a voz está certa ou errada ao sugerir a
ausência de limites entre nós e eles, entre corpo e reflexo, entre reflexo e
outro reflexo, e é provável uma sequência disso, ad aeternum, sem limites, sem
tempo, num sonho, numa real, numa imitação de real ou depois de tudo. Aí ela
bateu à porta e perguntou quem está ali dentro e eu respondi não sei.
terça-feira, 19 de maio de 2015
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