sexta-feira, 21 de maio de 2010

A chatice eleitoral no Twitter

Roda por ai um texto intitulado “Os sete pecados capitais” do twitter. Segue os mesmos itens do original da Igreja Católica – ira, Inveja, luxuria vaidade, avareza, preguiça, gula – para ensinar aos tuiteiros algumas regras essências de comportamento. Não sei em qual dessas categorias, ou em quais, se enquadraria um dos mais chatos vícios do micro blog nesta pré-campanha: a propaganda eleitoral. Em muitos casos criadas por marqueteiros, mas disfarçada de manifestações espontâneas, essas mensagens não dão espaço para o contraditório. Trata-se de uma comunicação entre militantes, cujo poder de convencimento é igual a zero. Se a pessoa concorda, pronto, já é eleitor do cara, então ela se torna desnecessária, como aquelas correntes de amigos deste ou daquele candidato. Em caso de discordância, compra-se uma briga. Normalmente tais mensagens passam ao largo do interesse geral e quase só aparecem na tela sob a forma de retweets. O problema é que aparecem muitas vezes. Jamais passaria pela cabeça de um publicitário com o mínimo de senso a idéia de empurrar um produto dessa forma.

Claro que o twitter pode ser um bom veículo para a campanha eleitoral. Só que não da maneira atual. O presidente Barack Obama, por exemplo, usou a novidade da Internet com um propósito – arrecadar dinheiro para seu comitê. Como o brasileiro não está acostumado a dar dinheiro a político – porque em muitos casos é mesmo uma temeridade -, é preciso encontrar outro caminho. Com mais notícia e menos proselitismo, talvez. O certo é que a política eleitoral ainda não acertou o passo com o twitter no Brasil.

Na linha da subjetividade, sugiro outra lista para os políticos, desta vez de virtudes, apresentadas pelo escritor Ítalo Calvino em seu livro “Seis Propostas para o Próximo Milênio”: Leveza, Rapidez, Exatidão, Visibilidade, Multiplicidade e Consistência.

_lulafalcao

Nenhum comentário:

Postar um comentário