terça-feira, 8 de março de 2011

Notas desconexas




Passava na TV um documentário sobre o fim do mundo em 2012 quando desabou um temporal em São Paulo. Logo caiu o sinal da TV a cabo, em seguida a Internet e finalmente a energia elétrica. Um amigo apocalíptico, que andou lendo a Veja, anunciou que o problema tinha origem numa tempestade solar. Segundo ele, o Sol vai explodir em 2013. Boa notícia: teremos mais um ano.

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Em todos os carnavais, Salvador apresenta uma dança nova. Impiedosamente parecida com a anterior. Mudam os movimentos, mas a fixação anal é recorrente. Pior: a música é praticamente a mesma. 2012-2013 teria pelo menos o mérito de encerrar esse ciclo.

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No Recife, a praga é Vassourinhas. Tantos frevos maravilhosos e a TV só mostra o hit de Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, composto em 1909. Só pode ser boicote.

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A bunda sempre foi uma preferência nacional, como gostam de dizer aqueles que se jactam da nossa trindade mulher-samba-futebol. O problema é que as bundas foram crescendo, crescendo e se transformaram em anomalias físicas daquelas mostradas pelo Discovery Channel. Mulher Melancia, Mulher Melão, Valeska Popuzuda e outras tantas continuam em processo de expansão do derrière até descobrirem que são apenas gordas, como bem observou uma moça no twitter.

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Até o fechamento desta edição, como afirmam os jornais, Kadafi ainda não tinha caído. Mas não importa. A questão é o comportamento de certos setores políticos e jornalísticos sobre a revolta na Líbia. No caso do Egito e de seu aliado norte-americano Hosni Mubarak, todos torceram pela queda. Com o ditador da líbia, que já peitou os EUA, as reações foram mais moderadas. Afinal, trata-se (ou tratava-se) de um revolucionário, o reitor dos governantes árabes, o Imã de todos os imãs.

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A outra face da moeda. Muita gente ainda encara os conflitos no Oriente Médio como um choque de civilizações, à moda de Samuel Huntington. Cultura cristã contra a cultura islâmica. No fundo, um tremendo banzo da guerra fria.

@_lulafalcao

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